[Resenha] A Escolhida, Livro 1 da Trilogia A Escolhida de Amanda Ághata Costa

Em uma cidade repleta de pessoas desconhecidas, Ari poderia ser apenas mais uma garota dispersa na multidão, como tantas outras que foram abandonadas pelos pais desde a infância. Devido à sua aparente doçura e beleza, ninguém seria capaz de supor que, além de um anjo, ela também é um demônio com sede de poder. Os espertos deveriam manter-se distantes, mas há olhares que não deixam de admirá-la. Egran não desperdiçaria a chance de apoderar-se de habilidades tão interessantes: ela é a escolha perfeita. Entretanto, nem todos se sentem realizados. O círculo seria um refúgio ideal para os demais feiticeiros, se o próprio líder não os tratasse como marionetes descartáveis. Movidos pelo medo e controlados pelo mestre, os componentes do grupo obedecem, sem pestanejar, às ordens recebidas. Ao se ver arrastada para lá, Ari se encontra diante de situações improváveis, arriscando-se a expor mais do que gostaria. Para ela, sentir é algo que sempre esteve fora de seus limites. Não poderia vivenciar qualquer forma de emoção, esta era a promessa. Até que Luke surge em seu caminho e abala as estruturas congeladas, derretendo-as e modelando novos conceitos. O amor realmente fará brotar a alegria? Ou irá arrastá-la diretamente para a morte? O passado obscuro de Ari será o suficiente para fazê-la estilhaçar de uma vez por todas, não restando oportunidades para uma nova tentativa de se isolar do mundo.

Olá pessoal, minha primeira resenha de uma literatura fantástica, olha só! Primeira obra da autora que está sendo um sucesso! Por ser nacional o livro já me chamou a atenção e quando me falaram que tinha romance e que o mocinho era tudo de bom, corri para ler. Uma aventura incrível com demônios, lobisomens, vampiros, anjos e feiticeiros que termina com gostinho de quero mais.

A Escolhida faz parte da trilogia homônima onde conhecemos a estória de Ariali, que tem uma família instável, composta por uma mãe que no passado teve que abandoná-la para que ela sobrevivesse e por um pai que quer a sua morte. 

Ela é um anjo banido do paraíso e de repente tem de viver em um círculo, uma comunidade onde todas as criaturas são comandadas pelo mestre Egran. É neste mundo que conhece Luke, um feiticeiro. Pertencentes a planetas diferentes e de culturas opostas, os dois sentem uma atração proibida já que existe uma regra de não se envolver com outra espécie.

Ela sempre viveu sozinha ao relento, caçar era seu único entretenimento e matar seu único desejo. É exatamente por isso que Egran a quer. Do mesmo jeito que usa os poderes de todos os feiticeiros do círculo a seu favor, ele mantem Ari presa a um contrato, com a promessa de informar tudo que ela precisa saber sobre suas origens. Caso ela falhe, pode morrer e, com esta ameaça, ela acaba decepcionando Luke ao mostrar seus verdadeiros instintos.

Luke tenta protegê-la ao mesmo tempo em que tenta ficar longe dela. No entanto, a atração é mais forte e mesmo que se envolver afetivamente não esteja nos planos de Ari, ela não resiste e os dois tentam se relacionar em segredo.

O enredo gira em torno de um livro das sombras o qual a irmã de Luke, Vincy, junto com as amigas, estão dispostas a localizar para acabar com o reinado de Egran, o responsável pela morte de seus pais. Ari, sem querer, cria um laço de amizade com Vincy e por ela e também por amor a Luke, decide ajudar com o plano. 

Confesso que me surpreendi com este livro, pelo fato deste não ser meu estilo de leitura habitual. Ele é cheio de mistérios, traz uma estória linda de amizade e você se pega torcendo pelo romance proibido dos dois o tempo todo.

Ari é uma personagem forte e cheia de mágoas, não se deixa abalar pelos julgamentos deste povo que uma hora acha que ela é a protegida do mestre e na outra, a aberração. Com uma lingua afiada, não leva desaforo para casa e isto lhe rende alguns sofrimentos no decorrer da estória. Não lida bem com os sentimentos e uma nova Ari entra em ação quando o remorso pelas mortes que causa começa a incomodá-la. Uma heroína atipica que, com tantos conflitos internos, em certos momentos deixa o leitor em dúvida se realmente é a mocinha ou a vilã.

Já Luke é um mocinho apaixonante, benevolente e protetor que consegue ver um lado de Ari que ela nem mesmo sabe que tem. Os dois descobrem logo de início que possuem um contato raro de romance entre feiticeiros. Ele é gentil, lindo e Ari não consegue disfarçar o quanto o deseja. Entre brigas, cíúmes, mortes e lutas entre o bem e o mal, Ari e Luke vão ter que descobrir se o amor é forte o bastante para vencer as diferenças.

Já estou ansiosa pelo próximo livro, tenho certeza que será melhor ainda e cheio de reviravoltas. Achei a capa linda, realmente combinou com a estória. Muito bem escrito, possui um enredo bem construído que começa um pouco confuso, mas ao pegar o ritmo você não larga mais. Li em e-book e estou louca para ter o físico na minha estante.

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